sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Valparaíso realiza Dia de Campo sobre CATI Leite

Aconteceu, no último dia 15 de janeiro, uma palestra de sensibilização sobre o Projeto CATI leite – Desenvolvendo São Paulo, realizada no Sindicato Rural de Valparaíso, e o Dia de Campo na propriedade chamada Unidade Demonstrativa ou “sala de aula”.

O evento contou com a participação do prefeito municipal, Marcos Yukio Higuchi, que demonstrou grande satisfação em ter a Unidade Demonstrativa no município e o apoio da CATI em dar suporte aos técnicos e produtores locais.

Segundo dados do IBGE, Valparaíso possui uma população de 19.854 habitantes sendo que apenas 11% (2.075) representa a população rural.

Dados do LUPA 2007-2008, realizado pela CATI/SAA revelam que o município possui 341 propriedades rurais e 245 destas possuem características de agricultura familiar. Por outro lado, apenas 235 propriedades possuem áreas variando de 1 a 100 hectares e ocupam 6,52% da área total, enquanto 29 com área de mais de 500 hectares e ocupam 74,85% da área do município.

A maioria dos municípios pertencentes à Regional Andradina, possui um grande percentual da área agricultável ocupada por pastagens (35%) e culturas temporárias (53%) principalmente pela indústria sucroalcooleira (cana-de-açúcar) que tem importante papel geração de emprego e renda municipal.

Apesar das grandes dificuldades e desânimo geral do setor, uma análise inicial do Plano Municipal Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS) mostrou ter a cadeia produtiva do leite grande importância para o desenvolvimento das pequenas e médias propriedades rurais.

Aproximadamente 35 participantes entre produtores e técnicos participaram do Dia de Campo na Chácara Santo Antônio e ouviram o depoimento do Sr. Leandro Alves Neves, que manifestou a alegria de ter entrado no Projeto CATI leite. "No início a gente fica meio desconfiado mesmo, mas a coisa foi dando certo e tomando um rumo. Tivemos todo apoio dos Técnicos da CATI e da Prefeitura nas atividades de planejamento da propriedade. Meu pai levava as vacas na beira da estrada e passava todas as tardes na penúria do sol quente para pastejá-las. Era muito difícil ver aquela situação da propriedade e dos animais. Eu ordenhava 40litros por dia e complementava a renda familiar com trabalho na usina de álcool", conta.

Segundo Henrique Barbosa Strang, técnico executor responsável, a propriedade possui apenas 4,8 hectares e agora possui 8.000m2 de cana-de-açucar bem formada, 12.000 m² de capim mombaça divididos em 32 piquetes e 6.000 m² de mombaça sem divisão. Após a segunda passagem dos piquetes (janeiro) a produção chegou a 100 litros/dia.

Com o planejamento inicial e apenas nove meses no projeto, a família está mais feliz e começa entender que é possível viver da atividade leiteira. "Desde que haja vontade de fazer, aprender e querer mudar", salienta Henrique.

E foi neste aspecto que o Médico Veterinário Josué Fermino dos Santos, coordenador do Projeto CATI leite da Regional Agrícola Andradina, complementou durante a palestra de apresentação do Projeto."O mais importante é o produtor querer. Se ele quiser e com o auxilio de um bom extensionista que goste também aí o Projeto vai bem. Mas se tem produtor que queira e não há técnico (veterinário, agrônomo, zootecnista, técnico agrícola) comprometido e com perfil de extensão rural não vai para frente qualquer iniciativa que vise o desenvolvimento do meio rural".

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