segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Monitores do CATI Leite participam de encontro com integrantes do projeto Balde Cheio

A Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos realizou, nos dias 11 e 12 de dezembro, o I Encontro de Coordenadores e Instrutores do Projeto Balde Cheio. Monitores do CATI Leite, que desenvolvem ações nas pequenas e médias propriedades paulistas participaram do evento. O objetivo foi promover uma integração entre os participantes do projeto de todo o país, através de relatos das experiências obtidas com o trabalho realizado em cada um dos estados da federação. Além disso, aconteceu uma visita a uma produção orgânica de leite, na Fazenda Sula, no município de Serra Negra.

Segundo Artur Chinelato de Camargo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste e responsável pelo Projeto Balde Cheio, todo o processo de implantação da metodologia hoje utilizada, começou com o questionamento de como fazer chegar as tecnologias geradas pelas instituições de ensino e pesquisa, aos reais interessados: o produtor de leite. Foi então que aconteceu uma reunião com os extensionistas da CATI – Regional de Jales, em 1998. Nascia o Projeto que na época foi denominado Viabilidade da Pecuária Leiteira na Agricultura Familiar implantado, em parceria com a CATI, nas regiões de Jales, Votuporanga e Fernandópolis.

Desde então o projeto vem crescendo, os extensionistas se tornado multiplicadores, até que em novembro 2007 foi assumido integralmente pela instituição e se tornando o CATI Leite – desenvolvendo São Paulo. Hoje, está implantado em mais de mil propriedades e envolve 39 regionais, 309 municípios e cerca de 400 técnicos, só no território paulista. O projeto foi se ampliando e está agora em quatro mil propriedades brasileiras, distribuídas em 22 estados.

Para Álvaro Macedo Dias, da Embrapa Instrumentação, o Projeto Balde Cheio é um exemplo de ação positiva em busca de renda para o pequeno pecuarista. Maria Regina Bortoloti, da Secretaria Municipal de Agricultura de São Carlos, destacou o entrosamento estreito com a extensão rural, que vem proporcionando o desenvolvimento de uma série de ações de apoio ao agricultor familiar. Para 2010 a ideia é fazer desses pecuaristas fornecedores de leite, para o programa compra direta municipal, direcionado a merenda escolar. A coordenadora Nacional da Cadeia do Leite pelo SEBRAE, Fátima da Costa Lamar, enfocou que o Balde Cheio proporcionou um aumento efetivo dos resultados obtidos nos 88 projetos de leite integrantes do Plano Plurianual da instituição.

José Luiz Fontes, coordenador da CATI, destaca que a instituição já tem algumas parcerias com a Embrapa: leite, plantio direto e saneamento das propriedades rurais. “Já que 80% das propriedades agrícolas do estado de São Paulo, tem gado misto, nós precisamos buscar respostas para os problemas desses agricultores e fazer com que a atividade gere renda. Para tanto, é necessário desenvolver metodologias de implantação de boas práticas, seja na produção ou na comercialização. A tecnologia utilizada no CATI Leite causou impactos positivos e transformou a vida de muitos produtores. Por esse motivo, a metodologia será utilizada também em projetos com gado de corte, café, seringueira, ovinos e outras cadeias produtivas”.

De acordo com Maurício Melo de Alencar, chefe geral da Embrapa Pecuária Sudeste, a parceria com a CATI será ampliada, já que foi um colaborador importante desde o início do Balde Cheio. “Nosso papel é gerar tecnologia e transferir aos interessados não é fácil. Mas esse projeto, desenvolvido em conjunto, mostrou que é possível. A idéia desse primeiro encontro foi reunir os multiplicadores para debater a situação atual das tecnologias em andamento, que visam melhorar a cadeia produtiva do leite, buscando soluções para os problemas dos agricultores”.

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