sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tecnologia da informação ao homem do campo

O que a tecnologia da informação pode agregar ao agronegócio paulista? Quais sãos os novos desafios do agronegócio paulista e dos produtores rurais que buscam novos nichos mercado? Para responder a essas e outras perguntas o coordenador da CATI, José Luiz Fontes, se reuniu com Antonio Rangel, diretor da CATI Regional Avaré e Wagner Pires, consultor em tecnologia da informação da TI Brazil, debatendo o assunto e uma possível parceria neste setor.

GESTÃO INTEGRADA - Durante a reunião, que contou com a presença de Mário Ivo Drugowich (Ciagro/CATI), José Alberto Martins (chefe de gabinete/CATI), Alfredo Chaguri Junior (Assessoria de Convênios/CATI), Pires expôs detalhes de software e modelo de metodologia administrativa (sistema de gestão da informação) para controle e gerenciamento integrado de propriedades rurais, tendo como base a rastreabilidade dos processos de produção, selos de qualidade e certificação, responsabilidade ambiental e social dos empreendimentos. “Podendo quantificar seus dados, ter relatórios e laudos em tempo real, o agricultor pode controlar e fiscalizar melhor o uso do solo, equipamentos, máquinas, combustíveis, insumos e fazer gestão de pessoas e dos custos de produção de forma adequada”, explicou Pires.

REDUÇÃO DE CUSTOS - Segundo Pires a idéia é quantificar os fatores físicos e transformá-los em dados e informações na propriedade, que levam a gestão da parte financeira, agronômica, zootécnica, veterinária, de custos e inventários, segurança alimentar, MIPD (Manejo Integrado de Pragas e Doenças), possibilitando a gestão integral da propriedade. Com isso será possível não só reduzir custos de produção e ser mais eficiente e competitivo, mas melhorar a qualidade dos produtos, agregar valor e ampliar a renda do pequeno e médio produtor rural.

ACESSO AO MERCADO - Rangel entende que a CATI além da assistência técnica e extensão rural, deverá, em um futuro próximo, capacitar seus técnicos para orientar os pequenos e médios agricultores, cooperativas e associações de produtores rurais no uso da tecnologia da informação, tornando-os empresários rurais aptos a acessar a nova realidade do mercado. “O tema do PEMH II é o acesso ao mercado. Por isso, vejo que o produtor não pode ficar desconectado da informática dentro do agronegócio, porque essa tecnologia vai ajudar a melhorar a produtividade, agilizar a tomada de decisões e favorecer a rastreabilidade e certificações exigidas pelo mercado globalizado”, esclareceu Rangel.

NOVA ERA - Para Fontes a rede de técnicos da CATI tem de se conscientizar e acompanhar as transformações da tecnologia da informação, da inovação na informática e da comunicação digital (Internet e "Web 2.0"), - pois as mudanças são muito rápidas – para somente depois, levar esta informação e tecnologia ao produtor rural. “Ninguém divulga o que não conhece”, profetizou Fontes, dizendo que a CATI deve se preparar para esta nova realidade do mercado e do agronegócio brasileiro e mundial.

O coordenador da CATI afirmou que pretende levar esta necessidade ao conhecimento do Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João Sampaio, e se comprometeu a estudar uma forma da CATI disponibilizar este tipo de conhecimento ao micro, pequeno e médio produtor paulista, auxiliando-o a utilizar estas ferramentas da melhor forma possível.

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