terça-feira, 8 de junho de 2010

Reunião aborda fruticultura apropriada à agricultura familiar

No dia 31 de maio aconteceu em Itapetininga reunião técnica com extensionistas das Casas da Agricultura de Alambarí, Angatuba, Capão Bonito, Guareí, São Miguel Arcanjo e Tatuí. O objetivo foi propor ações para desenvolver a cadeia produtiva da fruticultura, com ênfase para a cultura de figo.

Aproveitando a experiência adquirida desde julho de 2006 pelos municípios de Itapetininga e Alambari – que vêm desenvolvendo um projeto de extensão rural e assistência técnica, através de parcerias entre a iniciativa privada, prefeituras locais e a CATI Regional de Itapetininga, intitulado Fruticultura Apropriada ao Público da Agricultura Familiar, – a intenção é ampliar a participação de outros municípios da Regional.

As características desejadas para esta fruticultura são plantas rústicas e adaptadas, facilidade nos tratos culturais, baixo custo de implantação, altos rendimentos por área e, por fim, colheitas prolongadas. Esta última é importante para garantir um menor risco na atividade, seja por preços baixos em determinado mês, ou por eventos climáticos, especialmente granizo e excesso de chuvas. As frutas indicadas até o momento, todas para mesa e conduzidas em sistemas diferenciados são figo roxo, goiaba vermelha e maracujá doce. Nos sistemas propostos, a poda, o tutoramento e a irrigação via gotejamento são fatores comuns.

A CATI Regional de Itapetininga compreende 14 municípios e uma área agrícola de 726.664,50 hectares. Localizada no sudoeste do estado, possui condições edafoclimáticas para um grande número de atividades agrícolas, especialmente fruticultura tropical, subtropical e mesmo frutas de clima temperado.

Segundo opinião do assessor de cadeias produtivas da Regional, engenheiro agrônomo Luiz Carlos de Carvalho Leitão, esses fatos revelam uma oportunidade de redirecionamento da produção agropecuária, com vistas ao desenvolvimento e organização do setor e disponibilizando áreas para a implantação de projetos de fruticultura. “A amplitude térmica confere ganhos em qualidade, tanto quanto ao desenvolvimento dos frutos, como em relação à sua coloração mais intensa, em virtude da maior degradação da clorofila em outros compostos como xantofila e antocianina. Também os grupos de solo mais ocorrentes na região, os latossolos e os argissolos, além de permitirem um bom desenvolvimento radicular das plantas, são em grande parte mecanizáveis”.

Durante a reunião foi discutida e proposta a continuidade à introdução de novas alternativas de produção na área de fruticultura para a região de Itapetininga, apoiar a obtenção de crédito via PRONAF para a implantação de projetos de fruticultura nas pequenas propriedades e garantir a prestação de serviços de assistência técnica nas cadeias produtivas de figo para mesa.

Para encerrar, os participantes visitaram uma propriedade onde foi possível mostrar a tecnologia empregada na produção de diversas frutas indicadas para o público da agricultura familiar, especialmente o figo roxo.

Nenhum comentário: