quinta-feira, 15 de abril de 2010

Míldio e Inverno: prejuízos aos produtores de alface do Estado de São Paulo

O míldio da alface é uma doença causada por um micro-organismo (fungo) que causa muitos prejuízos aos produtores de alface. Em regiões mais quentes como a de Catanduva (SP), a ocorrência desta doença está entre os meses de abril e setembro.

Os prejuízos causados pelo míldio tornam-se mais evidentes na fase das mudas, onde as plântulas são mais suscetíveis ao ataque e as condições para o desenvolvimento da doença. Como as mudas possuem uma área foliar pequena, o prejuízo pode ser a destruição total das plântulas. Esse prejuízo drástico pode ocorrer também nas plantas depois de transplantadas para o campo aberto, nos primeiros sete dias de desenvolvimento. Durante o desenvolvimento da cultura o ataque do míldio também pode causar danos significativos, atrasando o ciclo da cultura e diminuindo a qualidade do produto final.

O míldio ocorre principalmente na época de inverno, pois o fungo desenvolve-se melhor em temperaturas amenas (12 a 20°C) e em alta umidade. No mercado de sementes existem algumas opções de cultivares, principalmente de alface americana, porém nos últimos tempos já existem outras opções resistentes como as de alface crespa e lisa.
Qual o manejo correto para combater esse mal.

O manejo para resistência ao míldio pode ser divido em três frentes, sendo: ambiental, controle genético e controle químico. A questão do controle ambiental está relacionada principalmente a umidade. Devem-se tomar medidas para diminuir ao máximo a umidade dos locais de plantio sem prejudicar o desenvolvimento da planta. Essas medidas podem ser: escolha de áreas de plantio com menor umidade no inverno, principalmente locais onde não ocorra serração pela manhã e melhor controle de irrigação, dos horários e da quantidade de água. Ë recomendada a utilização de sistemas de gotejamento, que diminuem a quantidade de água utilizada. Quanto ao horário, evitar se possível a irrigação a partir das 14 horas. Quanto ao controle genético, recomenda-se o uso de cultivares resistente.

No que diz respeito ao controle químico, deve-se utilizar principalmente na fase das mudas, na época onde ocorram temperaturas amenas, controles preventivos com fungicidas que possuam registro para a cultura. Uma alternativa durante todo o ciclo é o uso de fertilizantes que combinam Fósforo e Potássio e aumentam a resistência da planta ao míldio. No caso de ataque da doença em campo aberto devem-se utilizar produtos curativos, intercalados com produtos preventivos, evitando-se assim o surgimento de populações resistentes a determinados fungicidas.

Conhecendo a doença fica muito mais fácil combatê-la, evitando prejuízos com a praga e viabilizando a cultura para o abastecimento da região de Catanduva com esta olerícola.

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