CATI Regional Itapeva realiza cursos direcionados às cadeias produtivas da região

Uma das grandes reivindicações dos agricultores familiares é que as instituições de pesquisa desenvolvam trabalhos junto aos mesmos. Assim, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) propôs ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) o Projeto Mais Alimento.

Este projeto está sendo desenvolvido no Estado de São Paulo, em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a Federação dos Agricultores Familiares (FAF) no Sudoeste Paulista (CATI Regional Itapeva), e a Federação dos Trabalhadores Rurais de São Paulo (FETAESP) na região de Andradina (CATI Regional Andradina).

No Sudoeste Paulista os trabalhos estão sendo desenvolvidos com agricultores familiares dos municípios de Guapiara, Itaberá, Itapeva e Ribeirão Branco.

No período de maio a dezembro de 2009 ocorreram várias reuniões para a elaboração do diagnóstico participativo; assim sendo, as cadeias produtivas a serem trabalhadas são: leite, pêssego, tomate orgânico e mandioca. O Projeto consiste em levar aos produtores informações e técnicas de trabalho mais adequadas à produção, através de cursos e palestras, além da instalação de Unidades Demonstrativas de leite e mandioca. Haverá um trabalho de formação de agentes locais de pesquisa e de ATER; o Instituto Paulo Freire irá ministrar um curso em 3 módulos de 20 horas cada.

A fase de execução do Projeto Mais Alimento iniciou no final de fevereiro, com a realização da primeira oficina sobre tomate orgânico, com a presença dos engenheiros agrônomos Nozomu Makishima (EMBRAPA - Campinas) e Sebastião Wilson Tivelli (Apta – São Roque). Em 17 de março aconteceu a segunda oficina, que falou sobre biofertilizantes, controle orgânico e convencional de pragas, manejo do tomate em ambiente protegido, adubação verde, microbiologia do solo e ecologia.

No dia 9 de março ocorreu o primeiro curso da cadeia produtiva do pêssego, ministrado pelo engenheiro agrônomo Emannuel Afonso de Souza Moraes, do Núcleo de Produção de Mudas (DSMM/CATI) de Itaberá; os agricultores tiveram informações sobre análise de solo para a cultura do pêssego, necessidade e função dos macro e micronutrientes, exigências nutricionais do pessegueiro, necessidade de fertilização e adubação, entre outras.

Os eventos da pecuária leiteira e da cultura de mandioca terão início no mês de abril.

Segundo o diretor da CATI Regional Itapeva, médico veterinário Edmar José Cardoso Neves da Silva, este Projeto é o início de uma nova fase para os agricultores familiares, pois estes terão a possibilidade de implantar tecnologias adaptáveis à sua realidade e, consequentemente, melhorar seus resultados.