quinta-feira, 22 de abril de 2010

Projetos CATI Leite são acompanhados com técnicas de manejo reprodutivo

Dentre várias atividades realizadas nas unidades do Projeto CATI Leite, o manejo reprodutivo não pode ser colocado em segundo plano. “Inicialmente faz-se o planejamento da alimentação do rebanho, não esquecendo que rebanhos desestruturados e sem controle reprodutivo levam qualquer sistema de produção animal à descrença”, comenta o médico veterinário Josué Fermino dos Santos, monitor do Projeto.

As visitas de técnicos da CATI aos produtores envolvidos no Programa visam promover não só o assistencialismo, mas um amplo diagnóstico com propostas viáveis para a solução dos diversos problemas. De acordo com o diretor da CATI Regional de Andradina, médico veterinário Carlos Hajime Kawatani, os projetos CATI-Leite são acompanhados duas vezes ao mês por técnicos da Casa da Agricultura, visando alcançar com sucesso os objetivos planejados.

“Dificilmente encontramos nas propriedades as anotações básicas como data do cio, cobertura ou inseminação artificial, data da parição ou problemas como repetição de cios, retenção de placenta, abortos, tratamentos, datas da realização dos exames sanitários de brucelose e tuberculose, vacinas, etc.”, relata Santos.

Desta forma, o técnico especializado (médico veterinário) deverá ser o responsável para definir a estratégia e diagnosticar se o problema está na forma de criação do rebanho ou é um problema específico daquele animal.

O veterinário ressalta que o intervalo entre partos, a persistência da lactação, a composição e a estruturação do rebanho e a capacidade de lotação de uma propriedade leiteira são conhecimentos imprescindíveis para que se tenha uma atividade leiteira rentável.

Reprodução Animal
Supridas as questões de nutrição, sanidade, conforto e bem-estar, deve-se avaliar os animais com dificuldade para emprenhar, repetidores de cio, devido a problemas reprodutivos. “O ideal é que tenhamos a colheita de um bezerro ao ano. Neste caso, o período que vai da parição até o estabelecimento da prenhez deverá ser de 83 dias já que a média das gestações é de 282 dias. A soma de ambos é igual a 365 dias”.

Animais com dificuldade para o estabelecimento da gestação, com três ou mais cobrições via monta natural ou inseminação artificial, pode ser um sinal de problemas futuros. O médico veterinário deverá ser consultado para definir se o problema é da novilha ou está na forma como o rebanho está sendo criado.

A ação do profissional capacitado para fazer os exames sanitários, reprodutivos e o uso do ultrassom, contribui para resolver os problemas que aumentam o período de serviço, a desestruturação do rebanho e baixa taxa de desfrute.

“Portanto, conclui-se que não existe uma regra básica ou sucessão de etapas na implantação do Projeto CATI leite; e cada propriedade com ou sem problemas está em um degrau em dado momento. Cada etapa é importante; técnico e produtor devem estabelecer critérios antes de avançar o próximo passo para não comprometer todo o investimento”, explica Santos.

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