quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sericicultura: mecanização e possível parceria são motivos de visita

Professor e aluno de mestrado da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) visitaram, nos dias 8 e 9 de abril, Fiação de Seda BRATAC e alguns sericicultores, a fim de conhecer a mecanização na sericicultura e fazer contato inicial para possível parceria.

A atividade coordenada pela CATI Regional de Tupã e pela Casa da Agricultura de Bastos deu continuidade à visita ocorrida no mês de março com a presença dos engenheiros agrônomos da Divisão de Extensão Rural da CATI (Dextru), Abelardo Gonçalves Pinto e Sonia Tinoco, quando foi realizado o primeiro contato do órgão central com a cadeia da sericicultura na região de Bastos. Os produtores reivindicavam apoio governamental para agilizar as mudanças necessárias, diagnosticadas no Plano Municipal de Desenvolvimento Rural do município de Bastos.

A sericicultura é muito importante para a economia local, sendo que a unidade fabril estabelecida no município que industrializa e comercializa a seda, atualmente emprega mais de 700 funcionários. Na região de Tupã possuem cerca de 50 criadores fornecedores de casulos e no Estado de São Paulo mais de 200 criadores. Mas a indústria recebe, também, matéria prima de outras regiões, inclusive do Mato Grosso do Sul.

A crise mundial que afetou toda a economia global afetou fortemente os sericicultores fornecedores da indústria local, já que esta comercializa o produto no mercado externo. Muitos criadores diminuíram a produção ou mudaram de atividade devido à baixa renda proporcionada pela atividade. Mas a crise, também, impõe e exige adaptações, novos arranjos e melhorias no sistema produtivo para aqueles que querem se manter no mercado.

A elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural viabilizou a discussão dos problemas com a participação de todos os elos envolvidos na cadeia, resultando em estratégias e na proposição de ações visando retomar o desenvolvimento da Sericicultura no Estado de São Paulo. A meta do projeto ligado a esta cadeia é o desenvolvimento de um sistema de produção que seja competitivo e que proporcione uma renda digna ao criador, através da intensificação e mecanização visando maior rendimento e custo de produção compatível.

2 comentários:

edmilson disse...

seria possível implantar a criação do bicho da seda,em regiões com clima mas quente? Como a bahia?

Assessoria de Imprensa - CATI disse...

Para iniciar a criação do bicho-da-seda é necessário uma plantação de amoreiras, já que o único alimento adequado para esse inseto são folhas de amoreira. Regiões com clima quente e úmido oferecem maior risco de ocorrência de doenças, tanto nas folhas da amoreira, como nos insetos criados.

A criação do bicho-da-seda é uma atividade que depende de integração com indústrias de fiação de seda, pois elas são as únicas fornecedoras dos ovos ou lagartas do inseto e as únicas compradoras dos casulos produzidos. Portanto, para iniciar uma criação é preciso entrar em contato com uma das empresas.

As Industrias de Fiação de Seda existentes no Brasil são:

Bratac Bastos /SP
Rua General Osório, 700
Tel : (14 )3478-9900

Bratac Londrina /PR
Avenida Brasília, 1075 - Jardim Shangri-Lá
Tel : (43) 3377-6000

Fujimura do Brasil S/A - Indústria de Seda
Rodovia Br - 369
Cornélio Procópio - PR
Tel: (43) 35242522


Atenciosamente,
Eng.ª Agr.ª Sonia Tinoco
CATI Campinas