sexta-feira, 21 de maio de 2010

Comitiva do Banco Mundial vê transformação em propriedades rurais paulistas

Nos dias 18 e 19 de maio, diretores do Banco Mundial para a área de agricultura e desenvolvimento sustentável visitaram algumas propriedades rurais paulistas para visualizar os resultados obtidos com as ações implantadas pelo Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, desenvolvido entre 2000 e 2008 pelo Governo Estadual e conhecer as potencialidades da fase dois do projeto, cujo acordo financeiro entre as partes deve ser assinado ainda este ano.

Na oportunidade, os executivos do Banco Mundial conheceram a realidade das pequenas propriedades e os anseios futuros dos agricultores integrantes do Programa de Microbacias, através de debates com representantes das organizações de produtores nos municípios de Laranjal Paulista, Botucatu, Iacanga e Ubirajara.

Juergen Voegelle, diretor do Departamento de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, destacou que eles viajam o mundo inteiro e o que normalmente vêem é degradação ambiental e agricultores deixando de produzir. “Em São Paulo vimos exatamente o contrário, pequenos produtores revertendo situações de crise e transformando em oportunidade”.

O Banco Mundial desenvolve projetos em mais de 100 países e o objetivo dessas visitas, segundo ele a agricultura é um fator crítico para o desenvolvimento sustentável de qualquer país, pro isso a necessidade de ouvir os agricultores, comparar as experiências e ver como os projetos do Banco podem ajudar no desenvolvimento da pequena agricultura. “Ficamos contentes com progressão dos trabalhos desenvolvidos e ver como o produtor de São Paulo enfrenta os desafios com imaginação e solidariedade. Nossa meta é transformar a agricultura de subsistência em uma fonte de renda”, finaliza.

Para o secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento, Antonio Júlio Junqueira, essa visita foi muito importante para o Estado de São Paulo, já que esse projeto é necessário e vem trazendo bons resultados para os pequenos e médios agricultores, mas também para os municípios paulistas. “A missão da Secretaria é ser parceira do agricultor, levantando suas e necessidades e propor soluções. Quando as propriedades rurais funcionam bem, o agronegócio funciona bem e São Paulo avança”.

O coordenador da CATI, José Luiz Fontes, destacou a importância de uma visita desse porte. “Para nós é muito gratificante ver o resultado do nosso trabalho na primeira fase do Programa de Microbacias. Mais importante ainda é confirmar a necessidade e a potencialidade do novo Projeto em parceria com o Banco Mundial. Primeiro trabalhamos com a base do sistema de produção, com a inserção de práticas ambientais, que promoveram uma produção mais limpa. Depois garantimos a organização dos produtores rurais, o que já possibilitou a melhoria da renda. O que queremos nesse novo Projeto é ampliar ainda mais as ações que promovam o aumento da rentabilidade”.

A comitiva foi composta pelo diretor do departamento de agricultura e desenvolvimento rural, Juergen Voegelle,acompanhado de Fionna Douglas, da área de comunicação do departamento, Ethel Sennhauser e Jyoti Sukla da gerencia de desenvolvimento rural sustentável do departamento de agricultura para a América Latina e Caribe e diretor da área de desenvolvimento ambiental e socialmente sustentável no escritório do Banco Mundial no Brasil, Mark Lundell.

O novo acordo envolve quase U$ 130 milhões para a implantação de práticas de sustentabilidade e competitividade econômica em pequenas propriedades rurais. Os critérios de escolha das áreas prioritárias consideraram ocorrência de agricultura familiar, participação do município no PIB estadual, necessidade de geração de emprego e renda e o índice de degradação erosiva do solo. “Será um dos mais importantes acordos do banco para a área de agricultura familiar na América Latina”, afirma o secretário da Pasta, João Sampaio.

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