quinta-feira, 13 de maio de 2010

Produtores se mostram satisfeitos com matrizes de morangueiro recebidas em projeto-piloto

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), por meio de seu Departamento de Sementes Mudas e Matrizes (DSMM), já detém a tecnologia para produção de mudas micropropagadas de diversas espécies comerciais como abacaxi, mandioca e banana, que estão sendo produzidas no Laboratório de Biotecnologia, instalado no Núcleo de Produção de Mudas de Tietê.

Matrizes e mudas de morangueiro produzidas em laboratórios de micropropagação, por meio da técnica de cultura in-vitro de tecidos, trazem as vantagens de serem livres de patógenos, podem ser produzidas de forma massal em qualquer época do ano num pequeno espaço físico, apresentando uniformidade e vigor, por serem oriundas de plantas com alto potencial produtivo.

No início de 2010, foram entregues à Associação de Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros, de Atibaia, Jarinu e Região, 3 mil matrizes de morangueiro como parte de um projeto-piloto. Desde a entrega, os engenheiros agrônomos Anderson Tatsuo Watanabe e José Braga Semis, das Casas da Agricultura de Atibaia e Jarinu, respectivamente, têm acompanhado o desenvolvimento das matrizes junto aos viveiristas. E eles afirmam que os produtores que receberam e cuidaram de suas matrizes estão satisfeitos com os resultados.

O trabalho conjunto do DSMM e das Casas da Agricultura, em seu monitoramento das matrizes de morangueiro, está colhendo os primeiros frutos do trabalho. De acordo com Anderson Watanabe, os viveiristas que empregaram as técnicas de cultivo em ambiente protegido obtiveram os melhores resultados, sendo que as matrizes responderam com produção próxima à das matrizes importadas do Chile.

O engenheiro agrônomo Rafael Baêta Neves, do DSMM/CATI, em visita a viveiristas que estão de posse das matrizes entregues à associação, pôde comprovar os resultados obtidos até agora. “Visitei o viveiro do senhor Mário Inui e eles estão satisfeitos com o resultado obtido e pelo vigor apresentado pelas mudas. Inui conseguiu obter 3 mil mudas a partir de 128 matrizes, mesmo estando fora de época”. Já no Viveiro de Mudas Irmãos Baptistella, a produção obtida foi de 10.520 mudas a partir de 512 matrizes. “Mesmo as nossas matrizes tendo chegado um pouco tarde, sob um sistema intensivo de produção de mudas, elas responderam positivamente”, acrescenta Neves.

“Matrizes de qualidade, que irão gerar mudas de qualidade, são o alicerce da produção. A satisfação mostrada por estes viveiristas, mostra que estamos no caminho certo. Com trabalho e dedicação esperamos fazer prosperar essa parceria, fortalecendo a cadeia produtiva e contribuindo para a permanência da cultura na região”, conclui José Braga Semis.

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