segunda-feira, 3 de maio de 2010

Produtores de Lins reclamam de prejuízos causados por pulverizações aéreas

Estiveram reunidos, no dia 16 de abril, olericultores do município de Lins, engenheiros agrônomos da CATI Regional e da Prefeitura Municipal, para juntos diagnosticarem possível intoxicação de plantas de tomate, pimentão, pimenta e fruteiras em decorrência de aplicações de herbicida via aérea, supostamente feita por usinas que possuem canavial em áreas muito próximas a estas culturas.

Os produtores reclamam de estarem perdendo produtividade em decorrência das pulverizações, uma vez que estas prejudicam o desenvolvimento das plantas e as que estão produzindo ficam com sintomas aparentes, não servindo para o mercado.

A Casa da Agricultura de Lins fez vistorias nas plantações e orientou os produtores a providenciarem laudos para que possam ser usados como provas do ocorrido. “Não podemos nos precipitar em dizer que os danos foram necessariamente causados pela pulverização aérea. Há indícios, que serão checados e posteriormente tomadas as decisões cabíveis”, diz Harumi Hamamura, engenheiro agrônomo da Casa da Agricultura de Lins.

Em reunião anterior, foi montada uma Comissão, entre produtores e representantes das entidades locais para que fosse discutido o assunto com as usinas envolvidas. A princípio houve um acordo de que essas pulverizações não seriam mais efetuadas, contudo a reincidência ocorreu desta vez mais grave, ocasionando indignação dos produtores pela falta de cuidado com as lavouras vizinhas, produtores que respiram o agrotóxico e com o meio ambiente, por se tratar de um herbicida altamente danoso.

Em depoimento, os produtores declararam que terão de tomar sérias providências quanto ao descaso, pois “não podemos permitir tais prejuízos materiais e também à nossa saúde. A Comissão pretende acionar órgãos responsáveis pela fiscalização e autuação dessa prática que põe em risco o futuro da olericultura num bairro tradicional nesse cultivo”.

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