segunda-feira, 10 de maio de 2010

Solução para a região canavieira de Catanduva

Com a proibição do corte de madeiras nobres para produção de móveis, a demanda crescente da construção civil e a procura por fontes alternativas de energia renovável, ressurgiu a cultura do eucalipto como uma variante bastante interessante, pois além do produto final ser de múltiplo uso, é de rápido crescimento, custo de implantação relativamente baixo (R$ 3.300,00/ha) e uma excelente rentabilidade (até R$ 33.000,00/ha), dependendo do tipo e destino da exploração.

Segundo o engenheiro agrônomo Waldemar Pereira Fernandes, da Casa da Agricultura de Uchoa, alguns cuidados são necessários, principalmente com a implantação (muda, preparo do solo, condução inicial, formigas), que será o fator determinante de lucro ou prejuízo. “Devemos evitar os modismos, ou informações milagrosas, para não ocasionarmos o fator ‘Bateau Mouche’ e então afundarmos”, compara.

A exploração atual é bastante diferente de 60 anos atrás, agora se dispõem de novas variedades, espaçamento e condução diferenciados, direcionados para o produto final. O eucalipto tem se mostrado uma excelente opção para pequenos e médios produtores, no aproveitamento de áreas com declividades mais acentuadas ou mais sujas, e também em consórcio com a cana, no plantio em bordaduras.

No município de Uchoa, a procura da exploração de eucalipto vem aumentando, seja para exploração em áreas totais, seja em divisas juntamente com cercas, ou ainda em sistemas “silvipastoris”.

Fernandes aconselha os produtores a procurar a Casa da Agricultura do município, antes de tomar qualquer decisão. “Lá o técnico responsável irá orientá-lo e esclarecer todas as dúvidas”.

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